RESENHAS : Nada de Novo no Front - Erich Maria Remarque

Livro escrito por Erich Maria Remarque;
Editora: abril cultural, 1981.

O livro é narrado por Paul Baumer, um jovem alemão que juntamente com seus amigos de escola é escalado para a guerra. Ele descreve a barbaridade das trincheiras, com suas armas, explosões e gases, os hospitais cheios de feridos e o desumano treinamento que eles receberam.

O livro mostra além da guerra em si, o perfil psicológico dos jovens, que são inexperientes, não sabem nem o porquê da guerra e muito menos por que estão ali. Na verdade não estão nem preocupados com o resultado final da guerra, querem se ver livres de lá e voltarem às suas atividades normais.

Nas trincheiras são obrigados a conviver com os corpos de seus companheiros que apodrecem em seus lados e não têm como fazerem nada para mudar tamanha calamidade.

Em meio à guerra, Paul descobre que sua mãe está com câncer e é liberado para visitá-la. Após isso, é obrigado a voltar para o front, contra a vontade de sua mãe.

No decorrer da guerra, sua equipe que era composta por 150 homens, agora são 80. Os hospitais estão lotados de feridos, mutilados, e perturbados devido á condições tão desumanas.

Em um momento, um inimigo cai no buraco e Paul lhe dá uma facada. O homem tem convulsões e, pela manhã, ele está quase morto. Paul cuida dos ferimentos do homem. Esta é a primeira vez que Paul matou alguém num combate corpo-a-corpo. Finalmente, o homem morre e Paul se desculpa com o morto, pedindo perdão.

No outono, somente restam seis colegas da turma de escola de Paul que antes eram vinte. Eles esperam por um armistício que traga a paz. Paul está incerto se ele reprimiu toda a vida dentro de si, mas ele sente que irá buscar seu rumo de alguma maneira.

“A narrativa de Paul termina neste ponto. Uma última nota informa que o soldado Paul Baümer morreu em outubro de 1918, num dia tão tranqüilo que o Exército alemão apenas lançou nos registros a anotação "Tudo calmo no Front Ocidental". O rosto de Paul parecia calmo, quase contente de que o fim tivesse chegado”.

Resenha de 

Guilherme Aleixo Gomes   Nº 08   Turma: 3102